Vênus, Estrela d'Alva, Estrela Matutina, Estrela Vespertina... diferentes nomes, mas o mesmo objeto celeste, o mesmo planeta. Também conhecido pela mitologia romana como deusa do amor e da beleza, Afrodite. O planeta mais parecido com a Terra, as vezes chamado de irmão dela, já que ambos são similares quanto ao tamanho, massa e composição. Neste artigo iremos conhecer melhor esse planeta tão misterioso.
Foto tirada pela sonda Pioneer Vênus Orbiter, em 1979. |
Principais Informações
- Rotação: -243 dias terrestres.
- Translação: 224 dias e 17 horas terrestres.
- Diâmetro: 12012 km.
- Magnitude aparente máxima: -4.6.
- Magnitude absoluta: -3.8.
- Temp. Máxima 482 C.
- Pressão atmosférica: -92 bar.
- Satélites naturais: 0.
- Composição da atmosfera: Helio, Sódio e Oxigênio, Dióxido de Carbono, Enxofre, Vapor d'Água.
Vênus é o terceiro corpo celeste mais brilhante, perdendo apenas para o Sol e a Lua, possuindo uma magnitude aparente de - 4.6 e uma magnitude absoluta de - 3.8, o suficiente para produzir sombras. Seu tamanho é muito parecido com o da Terra, e assim como ele, também é um planeta telúrico (planeta rochoso). Ele se encontra entre Mercúrio e a Terra, sendo o planeta mais próximo da nossa morada.
Atmosfera e Sondas
Sua atmosfera é a mais densa dos planetas telúricos, com uma atmosfera 92 vezes mais densa que a da Terra. Ela é composta de helio, sódio, oxigênio, enxofre, vapor d'Água e grande parte de dióxido de carbono. Essa incrível mistura de gases provoca um forte efeito estufa que eleva a temperatura da superfície para 460ºC, tornando Vênus o planeta mais quente do sistema solar, mesmo estando mais afastado do Sol do que Mercúrio. A grande mistura de gases, aliado à alta temperatura e a enorme pressão atmosférica, faz com que seja quase impossível o estudo da superfície do planeta através da observação direta. Em sua atmosfera existe várias camadas, em todas elas existem movimentos atmosféricos variados o qual se destaca o movimento de super-rotação, onde as massa de gases deslocam-se em sentido oeste e completam uma volta ao redor do globo venusiano em aproximadamente 96 horas.
Foto tirada pela Sonda Espacial Venera 13, ela sobreviveu apenas 2 horas nesse ambiente infernal |
Por conta dessa atmosfera tão densa, foi muito difícil mandarem uma sonda espacial que chegasse até a superfície de Vênus funcionando. Foram muitos fracassos... muitas não aguentavam a pressão atmosférica e paravam de funcionar, outras tiveram o paraquedas rasgado. Os Estados Unidos de um lado, mandavam as sondas Mariner para Vênus na esperança de conseguirem pousar na superfície. E do outro lado estava a União Soviética com as sondas Venera. A cada sonda que entrava na atmosfera, eles descobriam algo novo, até que a sonda Venera 7 conseguiu chegar em sua superfície, funcionando por 23 minutos com o sinal fraco mandando dados da temperatura.
Movimento e Observação
Sua rotação é feita em sentido horário, sendo o único planeta do sistema solar a apresentar esse movimento. Ela também é bastante lenta, durando 243 dias terrestres
Sua observação da Terra é muito fácil por causa de sua magnitude, sendo mais brilhante do que qualquer estrela no céu, podendo ser visto até de dia. Por ser um planeta inferior, ele sempre se posiciona a até 47º do Sol.
A medida que se move em sua órbita, Vênus na visão telescópica se apresenta em fases como as da Lua. Nas suas fases, o planeta apresenta uma pequena imagem "cheia" quando está no lado oposto do Sol e mostra uma maior fase "quarto" quando está em sua máxima elongação. Como ele possui uma atmosfera, pode ser visto no telescópio pelo halo de luz refratada em torno do planeta.
O estudo de sua superfície é muito complicado por conta de sua atmosfera densa, isso atrapalhou muito os cientistas para determinar sua rotação. Logo eles precisaram estuda-la com radares. Na década de 70, pulsos de rádio foram emitidos pela primeira vez para o planeta usando o rádio telescópio de 300 m do Observatório Arecibo, com isso foram revelados detalhes da superfície venusiana
Superfície
Crateras de impacto na superfície de Vênus ( imagem reconstruída através de dados de radar). |
A maior parte da superfície venusiana parece ter sido formada por atividade vulcânica. Vênus tem um número de vulcões várias vezes superior ao da Terra e possui 167 enormes vulcões que têm mais de 100km de diâmetro. O único complexo vulcânico deste tamanho na Terra é a Grande Ilha do Havaí. Várias evidências apontam para a existência de atividade vulcânica corrente em Venus. Durante o programa soviético Venera, as sondas Venera 11 e Venera 12 detectaram um fluxo constante de raios, e a Venera 12 registrou um ruído poderoso de trovão assim que pousou. A sonda Venus Express da Agência Espacial Europeia registrou raios abundantes na alta atmosfera. Enquanto a chuva causa tempestades na Terra, não há chuva em Vênus (embora haja efetivamente chuva de ácido sulfúrico na atmosfera superior, que evapora cerca de 25 km acima da superfície.
Há quase mil crateras de impacto divididas igualmente pela superfície. Os diâmetros delas variam entre 3 km e 280 km. Devido aos efeitos da densa atmosfera nos objetos que caem, não há crateras menores que 3 km. Objetos com energia cinética inferior a um determinado valor são tão desacelerados pela atmosfera que não criam uma cratera de impacto. Projéteis com menos de 50 m de diâmetro fragmentam-se e incedeiam-se na atmosfera antes de atingir o solo.
O planeta Vênus não possui qualquer satélite natural conhecido.
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